Por trás das câmeras, o trabalho começa cedo. Passada a etapa da escolha da cena e sua decupagem, tem início o corre-corre da produção. Produção com poucos recursos, diga-se de passagem!
Metas? Arranjar um John Travolta, um Samuel L Jackson e um bar americano, além de reproduzir figurino, objetos de cena e um saboroso café da manhã (saboroso e calórico!). Só! Ah, e também desenferrujar o inglês...
A primeira e principal dificuldade da produção, neste caso, foi a falta de flexibilidade de horários com os equipamentos da faculdade. Uma vez feita a reserva na secretaria do laboratório de comunicação, a data é fixa e as horas contadas. Várias equipes produzindo ao mesmo tempo. É preciso garantir o “kit externa” antes mesmo de planejar como será a atividade.
Sábado, 9 de maio de 2009: ataque à primeira vítima. A aula era de inglês, mas a cabeça não parava de pensar no remake... até que veio o insight. “Meu professor de inglês, lógico! Sempre achei que ele leva o maior jeito para ser ator!” E leva mesmo! “It’s a very interesting ideia... I would like to do this”, he said. Uhuuuul. Travolta, ok. Ou melhor, Vincent Vega. Cópia de dvd e falas na mão e logo o processo de internalizar o personagem começou.
Próximo passo: a procura por Samuel L Jackson. Na verdade, por Jules Winnfield. O caminho foi longo. Falamos com muita gente. Muitos foram os interessados (o que particularmente é muito agradável), mas nosso horário de gravação reduziu a gama de opções.
A primeira tentativa foi um amigo meu dos tempos de terceirão. Biotipo adequado e pré-requisitos atendidos: camaradagem (camaradagem = ausência de cachê hehe) e fluência na língua original do texto (sim, pois a equipe além de desejar fazer o mais próximo do original, não podia desperdiçar o potencial do Vincent já selecionado!). Ele topou. Mas no dia seguinte descobriu que não poderia mais se a gravação fosse na sexta-feira. Imprevisto. Perdemos o primeiro candidato. E a segurança também. O que fazer?
Casting: Amigo do amigo do conhecido do vizinho do tio do papagaio! Desconhecido também pode! Nunca exercitei tanto a comunicação em rede. Série de e-mails, Orkut, twitter, nick no MSN e, logicamente, muito boca-a-boca. Nessas horas vale até aquele contato esquecido, lembrar de amigos do tempo do colégio... Vasculhamos todas as pastas de arquivos existentes em nossas memórias.
Momentos de preocupação, ligações, frustrações... mas eis que chega um e-mail do tipo “luz no fim do túnel”. Indicação de fonte confiável. Terça à noite. Fechou! A semelhança física ficou de lado, mas o cara é fã de cinema, fala inglês, é locutor e ainda companheiro de profissão jornalista.
Enquanto isso, outra parte da equipe se mobilizava para conseguir locação, objetos, roupas...
Ensaio: Nossos colaboradores se mostraram tão dedicados que aposto que se dariam muito bem na vida artística. Encaixamos os horários disponíveis e conseguimos até fazer um ensaio hoje! Muito bom!
Fica aqui meu agradecimento especial a Guilherme Mello e Luiz Gustavo Vilela, que até amanhã ao meio-dia são Vincent e Jules, respectivamente.
Amanhã é o grande dia! Gravação e edição! Intensivão Pulp Fiction.
Thaís
q bom q está dando certo!
ResponderExcluirgosto muito do jeito de narrar o processo..