segunda-feira, 25 de maio de 2009

Análise do filme

Confesso que sangue jorrando e achar graça em lutas nunca foram o meu forte. Até começar a estudar Tarantino de fato, a primeira coisa que vinha à mente ao ouvir o nome dele era Kill Bill e todo aquele exagero! De Pulp Fiction, conhecia apenas metade do filme e, na época em que o assisti, certamente meus olhos eram outros. Interessante como o mundo dá voltas...

Depois de estudar o diretor, pesquisar sua obra e seu filme mais representativo, a análise é bem diferente. É difícil se ater apenas à história. Detalhes técnicos saltam às nossas vistas e reparamos em coisas que parece que mais ninguém repara... Uma visão mais detalhista e ao mesmo tempo mais amadurecida. É possível analisar vários aspectos que fizeram do filme o sucesso que é até hoje.

Podemos falar da narrativa ousada, nada linear, que entrelaça histórias principais e secundárias, com muita ação. A história tem mais de um núcleo dramático e explora a temática do crime por diferentes ângulos. Isso acarreta em um tempo maior de duração da obra, mas não atrapalha o dinamismo, pois as histórias são costuradas de maneira bem interessante pelo fio condutor chamado Tarantino.

Ousada também é a construção das personagens, longe da lógica maniqueísta. Não existe bem ou mal perfeitamente delimitado. Vincent Vega é um assassino descontraído, de comportamento espontâneo e até um pouco inconseqüente de quem acabou de voltar da Europa e ainda tem um quê de deslumbrado. Jules Winnfield, apesar de manter o humor, está num momento de autoconhecimento e descoberta da espiritualidade. Na cena escolhida para o remake nota-se de um lado o tom calmo, como o de quem ensina uma lição a um discípulo, e de outro a inquietude de quem não está preparado para aceitar e não compreende. Mia Wallace, conforme já foi dito, também não é uma mocinha convencional. Tampouco os personagens de Bruce Willis (Butch Coolidge) ou do bandidão Wallace podem ser descritos como estereótipos.

Diálogos sobre coisas corriqueiras, que aparentemente não influenciam em nada no enredo, quebram a tensão do filme e introduzem o humor característico do diretor. As curiosidades sobre como são chamados sanduíches (royale with cheese) e a discussão sobre o teor ofensivo de uma massagem nos pés, por exemplo, servem para deixar o caminho até o assassinato marcado descontraído, como se o trabalho prestes a ser executado fosse o mais natural do mundo. Falando em natural... e o Travolta no banheiro, duas vezes!

Outra coisa característica, mas desta vez dos filmes americanos em geral, é a participação da comida como importante objeto de cena: milk shake de 5 dólares, fast food, pedido de café exagerado com panquecas e doces mesmo num hotelzinho simples e o próprio café da manhã com muito bacon reproduzido por nossa produtora...

Outro ponto de destaque é a trilha sonora, que foi compilada em cd e comercializada. A faixa principal (Mirsilou) até hoje é reutilizada para diferentes fins e a capa com Uma Thurman é uma das imagens mais famosas referentes ao filme (e já foi postada aqui anteriormente inclusive).

Palavrões, palavrões, palavrões! Linguagem informal e muitos palavrões permeiam a maioria dos textos. Não sei até que ponto eles estavam escritos mesmo no roteiro ou foram incorporados pelos atores, mas de qualquer forma, o texto faz sobressair a interpretação. Não foi a toa que Jackson e Travolta também ganharam prêmios.

Assim como o filme não se propõe a fazer juízos de valor, não defino Pulp Fiction como bom ou ruim. Visão exagerada? Distorcida? Crítica? Talvez. Gosto da dose de ironia!

Thaís Mocelin

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Atividade de Produção


Na quarta-feira, dia 20 de maio, a Produtora Impressione juntamente com colegas de outra equipe, uniram-se durante o horário de aula para executar uma atividade que envolvem planos e movimentos descritos em um roteiro entregue pelo professor Almir na semana passada.
Após uma estudada no roteiro, começou a divisão de funções abaixo descrita:


- Diretor Geral – Thaís
- Diretor de Cena – Adriana
- Diretor de Arte – Nicolle
- Diretor de Fotografia – Thainá e Adriana
- Técnico de Som – Tássia
- Continuista – Rosane e Angélica
- Produtor – Marcela e Elisandra
- Cinegrafista - Gil
- Ator – Vinicius
- Atriz – Fernanda

Roteiro em mãos e funções divididas. Próximo passo foi correr atrás de objetos de cena, acessórios e materiais necessários para a realização da atividade.

- ELENCO:
1 Mulher / 1 Homem

- OBJETOS DE CENA:
Xícaras, bule, relógio de parede, lápis, roupão feminino, paletó, pijama, revista com palavras cruzadas, jornal

- MATERIAIS DE PRODUÇÃO:
Fita mini DV.


A equipe teve uma semana para providenciar os objetos e acessórios, e também para cada ator ensaiar sua parte e a direção definir os planos e os movimentos para cada cena.
Passada uma semana, enfim chegou o grande dia. Tínhamos a opção de gravar em estúdio, mas achamos à sala dos professores no laboratório de Comunicação Social da PUCPR mais adequado com nosso roteiro. E lá fomos nós, carregados de coisas para produzir nosso cenário.
A sala ficou linda, porém, pequena demais para 13 pessoas e todos os equipamentos. Mas deu tudo certo. A mesa ficou farta, com uma toalha colorida e sobre ela 1 bule, 2 xícaras, 1 caixinha de leite, 1 garrafa térmica com café, 1 faca, 1 pote com maionese, 1 potinhos com uvas e 2 pacotes de bolachinhas salgada. Os atores estavam bem preparados e caracterizados de acordo com o roteiro. Equipamento montado, tudo pronto, finalmente começou a gravação.
A equipe teve algumas dificuldades em realizar alguns planos devido a locação pela falta de espaço. Com ajuda do professor conseguimos fazer com que isso mudasse um pouco. Ele nos deu algumas idéias com relação aos movimentos de câmera e isso facilitou para que não deixássemos nossos atores fora dos planos, sem cabeça, sem braços, etc.
Procuramos fazer tudo da melhor maneira possível, mais perto do perfeito. Sentimos algumas dificuldades, mas isso foi superado. Esse trabalho foi ótimo, pois quem não sabe como é feito acha tudo muito fácil, tudo muito lindo. Mas é só fazendo para saber.
Depois de 1h30 de produção, terminamos e entregamos para o Almir nossa fita. Nas próximas aulas faremos o trabalho de edição desse material. Cada aluno irá editar o seu próprio trabalho em aula com orientação do professor.

Acima, nosso roteiro para quem quiser dar uma olhada.

Até a próxima, valeu equipe!!!

terça-feira, 19 de maio de 2009

A vanguarda francesa


A Nouvelle Vague é um dos movimentos vanguardistas mais influentes na História do Cinema, que completou em 2008 “bodas de ouro” – 50 anos de existência. Movimento essencialmente crítico e constestador às convenções cinematógráficas, que trazia como características principais um estilo marcante que rompia com modelos estabelecidos. Essa ruptura ocorre com maior nitidez através dos diálogos e da montagem não linear. A Nouvelle Vague é um reflexo das mudanças políticas, econômicas e culturais que pairavam pela Europa no final dos anos 1950.

O marco do movimento é o filme Nas Garras do Vício, de Claude Chabrol, 1958. (Cena acima)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O Remake pt2

Eram quase 9 horas da manhã e os termômetros marcavam 5 graus em Curitiba. Nós 5 encasacados, encolhidos no carro da Gilce e com o porta-malas lotado de equipamentos íamos em direção ao Mustang Sally no centro da cidade! Após alguns poucos imprevistos, entramos no local carregados de cabos, objetos de cenário, câmera, tripé e tudo o que você puder imaginar e enfim começam nossas atividades! Estávamos atrasados e nossos atores congelando, não podíamos perder tempo! Enquanto uma abria o molho de tomate a outra arrumava as xícaras sobre a mesa. Uma arrumava o tripé, outra os pratos e nesse ritmo acelerado, logo começamos a gravar! Nossos "John Travolta" e "Samuel L. Jackson" foram brilhantes! E assim a obra de Tarantino se fez realidade diante de nossos olhos. E aquele momento de cena gravada fez cada noite mal dormida, cada trabalho feito e cada texto escrito valer muito a pena!

Rosane Sousa

DECUPAGEM













domingo, 17 de maio de 2009

Making of


Só para despertar a curiosidade...
Thaís

sábado, 16 de maio de 2009

O Remake

Nessa sexta feira de manhã, a equipe da Impressione chegou ao bar Mustang Sally para fazer a filmagem do Remake da cena de Pulp Fiction. Depois de uma última reunião no carro, vimos de longe a porta aberta e alguém por ali. Descemos do carro, mas ao chegarmos a porta já estava fechada e não se via ninguém lá dentro para chamar.
Ali estávamos, com equipamento em mãos, roteiros de sobra, perucas, xícaras e cafeteira nas sacolas, quando uma mulher parou. Ela disse que trabalhava ali e que os funcionários não usavam aquela porta para entrar e se afastou em direção à porta dos fundos. Esperamos pra ver se ela iria abrir a porta para nós e, sem querer perder tempo, nossa diretora foi atrás dela.
Ao voltar, nos contou que a mulher estava para fora também, alegando que o chefe estava atrasado. Quando a Gil disse que nós havíamos visto alguém entrando pela porta da frente, a mulher respondeu que ali várias pessoas viram coisas que não estavam mesmo ali... É. Em qualquer situação, juro que eu não levaria isso na brincadeira e ficaria com muito medo. Mas já estávamos atrasados, um dos atores já tinha chegado e não tínhamos tempo para brincar com os fantasmas do Mustang. Fantasma ou não fantasma, tinha que nos receber logo, pois tínhamos que terminar no máximo às 11h.
Finalmente a porta se abriu e quem a abria parecia bem vivo. Parecia. Porque assim que abriu, pronunciou palavras que nos congelaram a alma. “Infelizmente vocês não poderão entrar. Não tem autorização, ninguém me avisou nada”. O funcionário nos olhava como se aquele grupo de mulheres (mais o ator) se parecesse com uma quadrilha de assaltantes. Será que tínhamos encarnado tanto os personagens do Tarantino?
Claro que nossa equipe havia entrado em contato anteriormente com o dono do estabelecimento, que pessoalmente autorizou a realização do nosso trabalho. Depois de muitos protestos da nossa diretora, o funcionário entrou e depois voltou com um sorriso amarelo como se tivesse acabado de ouvir o grito do patrão no telefone.
Um pouco atrasados e ainda descongelando da fria espera, começamos a montar o cenário e logo chegou o segundo ator. Rapidamente começamos a filmagem e tudo correu bem. Confirmamos o que desconfiávamos: o principal na realização do filme é o que acontece antes de ligarmos às câmeras. Toda a preparação do roteiro, a busca pelos objetos de cena, pela locação, pelos atores e o empenho deles em ensaiar bem o texto e os trejeitos, foi o que fez tudo acontecer de forma tão tranqüila na hora do “vamos ver”.
Foi uma experiência maravilhosa para cada um dos envolvidos. Aprendemos muito, encontramos os melhores atores-que-não-são-atores possíveis, que já foram avisados sobre o Curta do semestre que vem! Foi uma experiência tão positiva que quase apaga a lembrança das longas 5 horas na ilha de edição... Mas mesmo depois disso eu ainda estou na frente de um computador só pra poder contar do nosso “bebê”, como diz a Gil.

Well done, girls. Well done.

Adriana Vieira.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A arte de produzir

Por trás das câmeras, o trabalho começa cedo. Passada a etapa da escolha da cena e sua decupagem, tem início o corre-corre da produção. Produção com poucos recursos, diga-se de passagem!

Metas? Arranjar um John Travolta, um Samuel L Jackson e um bar americano, além de reproduzir figurino, objetos de cena e um saboroso café da manhã (saboroso e calórico!). Só! Ah, e também desenferrujar o inglês...

A primeira e principal dificuldade da produção, neste caso, foi a falta de flexibilidade de horários com os equipamentos da faculdade. Uma vez feita a reserva na secretaria do laboratório de comunicação, a data é fixa e as horas contadas. Várias equipes produzindo ao mesmo tempo. É preciso garantir o “kit externa” antes mesmo de planejar como será a atividade.

Sábado, 9 de maio de 2009: ataque à primeira vítima. A aula era de inglês, mas a cabeça não parava de pensar no remake... até que veio o insight. “Meu professor de inglês, lógico! Sempre achei que ele leva o maior jeito para ser ator!” E leva mesmo! “It’s a very interesting ideia... I would like to do this”, he said. Uhuuuul. Travolta, ok. Ou melhor, Vincent Vega. Cópia de dvd e falas na mão e logo o processo de internalizar o personagem começou.

Próximo passo: a procura por Samuel L Jackson. Na verdade, por Jules Winnfield. O caminho foi longo. Falamos com muita gente. Muitos foram os interessados (o que particularmente é muito agradável), mas nosso horário de gravação reduziu a gama de opções.

A primeira tentativa foi um amigo meu dos tempos de terceirão. Biotipo adequado e pré-requisitos atendidos: camaradagem (camaradagem = ausência de cachê hehe) e fluência na língua original do texto (sim, pois a equipe além de desejar fazer o mais próximo do original, não podia desperdiçar o potencial do Vincent já selecionado!). Ele topou. Mas no dia seguinte descobriu que não poderia mais se a gravação fosse na sexta-feira. Imprevisto. Perdemos o primeiro candidato. E a segurança também. O que fazer?

Casting: Amigo do amigo do conhecido do vizinho do tio do papagaio! Desconhecido também pode! Nunca exercitei tanto a comunicação em rede. Série de e-mails, Orkut, twitter, nick no MSN e, logicamente, muito boca-a-boca. Nessas horas vale até aquele contato esquecido, lembrar de amigos do tempo do colégio... Vasculhamos todas as pastas de arquivos existentes em nossas memórias.

Momentos de preocupação, ligações, frustrações... mas eis que chega um e-mail do tipo “luz no fim do túnel”. Indicação de fonte confiável. Terça à noite. Fechou! A semelhança física ficou de lado, mas o cara é fã de cinema, fala inglês, é locutor e ainda companheiro de profissão jornalista.

Enquanto isso, outra parte da equipe se mobilizava para conseguir locação, objetos, roupas...

Ensaio: Nossos colaboradores se mostraram tão dedicados que aposto que se dariam muito bem na vida artística. Encaixamos os horários disponíveis e conseguimos até fazer um ensaio hoje! Muito bom!

Fica aqui meu agradecimento especial a Guilherme Mello e Luiz Gustavo Vilela, que até amanhã ao meio-dia são Vincent e Jules, respectivamente.

Amanhã é o grande dia! Gravação e edição! Intensivão Pulp Fiction.

Thaís

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A escolhida

Vanguarda escolhida: nouvelle vague

Decupando Pulp Fiction

Decupar é um processo interessante. Cansativo, mas muito produtivo.
O nosso grupo se reuniu para a decupagem do filme “Pulp Fiction” na semana passada, após a aula.
Sentadas no sofá da sala da minha casa, comendo pizza, analisamos minuto a minuto do filme para fazermos as marcações de planos, para aí então dividirmos os outros elementos.
É interessante como a aula de cinema está se mostrando proveitosa e como nós vemos que estamos conseguindo assimilar o conteúdo.
Conforme os planos iam aparecendo, íamos vendo na prática o que já tínhamos visto na teoria (claro que durante as aulas práticas vimos isso e também quando vamos ao cinema, por exemplo, mas durante a decupagem parece que fica bem mais aparente).
Chegamos e decidimos, primeiro, qual cena íamos fazer o remake. Estávamos entre três. A cena inicial, do casal conversando antes de assaltar a lanchonete, a cena em que Uma Thurman dança em sua sala antes de ter overdose e uma das últimas cenas, que estão John Travolta e Samuel L. Jackson na lanchonete, antes do assalto, conversando sobre o segundo personagem sair da vida de assassinatos.
Decidimos fazer a terceira opção (veja a cena escolhida no vídeo abaixo), pelos empecilhos que surgiram das duas primeiras cenas.
Talvez não seja a cena que todas nós gostaríamos de reproduzir
ou não seja a melhor cena do filme para a atividade, mas tenho certeza que essa cena será crucial para nosso conhecimento que vamos adquirir no final de tudo.

Acredito que não falo só por mim quando digo que decupar foi um passo importantíssimo para a atividade que segue. Sem ela acho que não daria tanto valor às gravações.Falando em gravação...vamos gravar amanhã (terça-feira)! Eeeee \o/ !!! . Estamos todas ansiosas e apreensivas com a gravação do remake e no que essa gravação vai resultar, mas acredito que como estamos empenhadas em fazer um trabalho bem feito e de qualidade, não tem erro. Vai ser estressante e corrido, mas vamos dar o melhor de nós para que seja maravilho. E vai ser!

A cena

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Passagens marcantes do filme

Pulp = 1. Polpa, pasta, massa sem formato. 2. Revista ou livro contendo assuntos sensacionalistas, caracteristicamente impresso em papel de 2ª classe. (American Heritage Dictionary)

Silêncio. Fundo Preto e letras brancas. Assim começa Pulp Fiction ou Tempos de Violência, com uma definição de dicionário que bem pode ter diversas interpretações. Seria uma provocação aos grandes estúdios que desconsideram as produções nas margens, de segunda linha? Uma confissão do uso sensacionalista da violência? Ou justamente uma crítica a isto, a partir da ironia? Talvez a combinação Pulp + Fiction seja uma dica para representar que as histórias, apesar de exageradas, têm sim um pezinho na realidade da expansão do crime.

Em seguida da frase, a primeira sequência mostra um casal em uma lanchonete, discutindo e dando rumo a sua carreira de assaltos. A cena do crime é interrompida pela trilha sonora marcante e apresentação dos primeiros créditos. Interessante notar que esta abertura, exceto pela temática “contravenção”, até os momentos finais parece estar simplesmente “boiando”, sem relação com as histórias principais que se entrelaçam ao longo da produção. Mera impressão...

Divagações a parte, várias sequências do filme merecem destaque.

Ainda no começo do longa, o acerto de contas realizado pelos matadores profissionais Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) é marcado por um texto bem trabalhado, que tem início com uma conversa com caráter cômico, passa por citações de marcas e degustação de fast food e acaba com um discurso tenso com direito até a citação bíblica (Ezequiel 25:17), que enriquece os momentos que precedem a chacina. Não se trata de um mero assassinato, rápido e objetivo. O ato é envolto em humor-negro e carregado de detalhes que valorizam principalmente a atuação de Jackson.

Mais pro meio do filme, a participação de Uma Thurman, interpretando Mia Wallace, a esposa do chefe da quadrilha, dá um toque especial ao filme. E isto não se deve apenas ao fato de ser personagem feminina em meio aos mafiosos briguentos. A idéia de mulher delicada vítima dos criminosos não tem vez nesta obra. Mia é uma viciada em cocaína que tem noção do ambiente em que está inserida.

Vincent é incumbido pelo chefe de levar Mia para sair enquanto o senhor Wallace está viajando. Desde o momento em que ele a busca em casa, percebe-se que não é um encontro convencional e que a música terá papel fundamental nesta sequência. Na lanchonete que ela escolheu, ocorre um diálogo muito interessante (incluindo a passagem destacada na postagem interior). Para variar, fast food também aparece em cena. Eles participam do concurso de twist que acontece no estabelecimento, dando vida a uma impagável cena de dança (que faz lembrar Travolta e Os Embalos de Sábado a Noite). Chegam em casa com o troféu, continuam bebendo, fumando... e no caso dela, se drogando mais... Enquanto ele trava um monólogo em frente ao espelho, ensaiando para ir embora e querendo evitar encrenca, ela encontra, no bolso do casaco dele, cocaína que não imaginava tão forte. Resultado? Uma cena de overdose que entrou para a história do cinema. Mas a mocinha, ainda que “transviada”, não poderia morrer. Vincent sai desabalado de carro e a leva até o fornecedor da droga para injetar adrenalina (coisa que, curiosamente, seu amigo nunca tinha feito). O fim deste trecho da história só poderia ser piada... sem graça, contada por Mia.

Por outro lado, a trajetória do boxeador decadente interpretado por Bruce Willis (Butch Coolidge) está mais próxima dos socos, pontapés, sangue e perseguição. Mas esta, por hora, não será tão detalhada. Que tal assistir ao filme? Seja pela primeira vez ou novamente...

Prefiro não falar sobre o final. Melhor apreciar os últimos diálogos e os shows de interpretação. Simplesmente genial.

Thaís

Um diálogo

Destaque especial para a cena da conversa entre os personagens de Thurman e John Travolta no bar/restaurante.
Mia: Você não odeia isso?
Vincent: O que?
Mia: Silêncios desconfortáveis. Por que sentimos a necessidade de tagarelar besteiras para ficar confortável?
Vincent: Não sei.
Mia: É quando você sabe que encontrou alguém especial. Quando você pode simplesmente calar a boca por um minuto e dividir o silêncio confortavelmente.

Thaís



segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tarantino na cidade do pecado!

Uma troca de favores entre dois diretores de Hollywood!  Robert Rodriguez, o diretor de Sin City – a cidade do pecado, fez toda a trilha sonora de “Kill Bill - Volume 2”, sem receber nada é claro. Em troca, Quentin Tarantino dirigiu uma das cenas de Sin City, aceitando receber o mesmo valor. A seqüência em questão é a envolvendo os personagens de Benicio Del Toro e Clive Owen dentro de um carro. É bem fácil de notar a direção de Quentin, com o zoom típico presente em seus filmes.

Rosane Sousa

Abaixo, a cena!



FILME DO DIRETOR TARANTINO, ESCOLHIDO PARA DECUPAGEM


Pulp Fiction – Tempos de Violência (EUA, 1994)
Direção: Quentin Tarantino
Elenco: John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman, Bruce Willis
Duração: 154 minutos

Em 2009 o filme Pulp Fiction, Tempos de Violência do diretor Quentun Tarantino - completa 15 anos. Ainda assim, este adolescente causa frisson até os dias de hoje, entre os cinéfilos mais apaixonados.
“Tempos de Violência do então ‘Almost” desconhecido, Tarantino, é uma Homenagem à literatura pulp dos anos 40. Um thriller de ação do começo ao fim, um dos melhores filmes independentes já produzidos, que deu uma nova perspectiva a indústria cinematográfica americana e consagrou seu diretor conquistando a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de melhor roteiro.
A década de 90 rendeu bem poucos fenômenos culturais de impacto. No “Cult” Tempos de Violência, Tarantino, segundo os críticos, apresenta um roteiro não-linear e linear ao mesmo tempo (o começo é o fim, o meio faz parte do começo e do fim, ...). Além da linguagem e da narrativa ousadas, o filme é permeado por citações de consumo a cultura pop como : cheeseburgers, milk shake, twist, apresentados com cenas de forma genial. (A trilha sonora é impecável, destaque para o tema de abertura - Misirlou- e para o Twist).
O filme se compõe por três histórias apresentadas ao público de forma não cronológica. Em uma, Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), dois mafiosos que devem fazer uma cobrança, que termina em chacina e com uma violenta seqüência no carro. Em outra história, Vincent deve levar a mulher de seu chefe (Uma Thurman) para se divertir enquanto ele viaja, mesmo com todos os boatos que rodeiam o caso. Por último, Butch Coolidge (Bruce Willis), um boxeador que deve lutar em um combate com vencedor pré-definido, mas que surpreende a todos, vence e foge com o dinheiro da luta para provar o seu valor, sendo perseguido logo após. O elenco é composto de vários atores famosos, mas a grande dupla é John Travolta e Samuel L. Jackson, eles são a alma do filme, ambos indicados ao Oscar, Uma Thurman também tem uma personagem marcante, ela também garantiu uma nomeação
Tempos de Violência é um verdadeiro marco na história do cinema. A partir desse filme, os grandes estúdios passaram a dar mais valor aos diretores independentes e aos roteiros geniais que são esnobados pelos chefões dos estúdios.

Na seqüência postaremos o perfil de dois, dos personagens principais e o perfil das três principais seqüências do filme.



Pulp Fiction – Tempos de Violência é o filme escolhido pela produtora IMPRESSIONE para o execício de decupagem.
Texto: Gilce Martins

Prêmios e indicações...


Quentim Tarantino é um diretor de renome na história do cinema.

Confira abaixo a lista de prêmios e indicações que este conceituado ator, diretor e roteirista vem consquistando ao longo de sua carreira.


- Recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Diretor, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original, juntamente com Roger Avary, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Diretor, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Roteiro, juntamente com Roger Avary, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Recebeu uma indicação ao BAFTA de Melhor Filme, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Recebeu uma indicação ao BAFTA de Melhor Diretor, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Ganhou o BAFTA de Melhor Roteiro Original, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).- Recebeu uma indicação ao César de Melhor Filme Estrangeiro, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Recebeu 2 indicações ao prêmio de Melhor Diretor no Independent Spirit Awards, por "Cães de Aluguel" (1992) e "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994). Venceu por "Pulp Fiction".

- Ganhou o prêmio de Melhor Roteiro, juntamente com Roger Avary, no Independent Spirit Awards, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Recebeu uma indicação ao prêmio de Melhor Filme de Estréia no Independent Spirit Awards, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Ganhou a Palma de Ouro de Melhor Filme no Festival de Cannes, por "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (1994).

- Recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Ator Coadjuvante, por "Um Drink no Inferno" (1996).
Marcela

domingo, 3 de maio de 2009

Referência...


É... Tarantino é mesmo referência em cinema. Sem querer fazer propaganda de nenhuma marca, mas já citando uma para fins acadêmicos... a nova campanha publicitária impressa da SKY HDTV traz as seguintes frases: "Esporte, como você nunca viu", "Show, como você nunca viu", "Documentários, como você nunca viu" e "Filmes, como você nunca viu". Para ilustrar esta última frase, há uma referência ao filme Kill Bill, com Gisele vestida de Beatrix Kiddo...

Thaís